A reunião da Câmara Municipal de João Monlevade, realizada na última quarta-feira (24), teve um momento importante de esclarecimento à população. A secretária municipal de Educação, Alda Fernandes, participou da sessão para explicar e reconhecer publicamente um erro na restrição do uso dos cartões de transporte escolar.
A medida, segundo a secretária, visava conter o uso indevido do benefício por alunos do 7º ao 9º ano do ensino fundamental, que estariam utilizando os cartões fora do horário escolar, sem ligação com atividades pedagógicas. Por isso, a Secretaria limitou os horários de uso dos cartões.
No entanto, a decisão acabou afetando estudantes do ensino médio que, após o turno escolar, se deslocam para instituições como o SESI e o SENAI para cursar atividades técnicas e complementares. Após diálogo com os vereadores Sassá Misericórdia (Cidadania), Revetrie Teixeira (MDB), Bruno Cabeção (Avante) e Maria do Sagrado (PT), Alda reconheceu a falha na medida.
“Minha intenção jamais foi prejudicar os estudantes ou suas famílias. O objetivo era proteger os alunos. Reconheço que houve um equívoco, e por isso os cartões dos alunos do ensino médio foram desbloqueados ainda na terça-feira (22)”, afirmou.
Alda também explicou que casos pontuais de falhas nos cartões podem estar ligados a problemas nos validadores dos ônibus, e não a novas restrições. A empresa responsável pelo transporte, Enscon, já foi notificada, e os reparos estão em andamento.
Ela destacou ainda que a limitação continua valendo para os alunos do 7º ao 9º ano, mas se colocou à disposição para avaliar situações específicas de estudantes que participam de cursos fora do horário escolar.
“Estou sempre aberta ao diálogo. É por meio da escuta que a gente melhora os serviços públicos”, concluiu.
O presidente da Câmara, Fernando Linhares (Podemos), elogiou a postura da secretária:
“Mais importante do que não errar é ter a humildade de reconhecer o erro e corrigi-lo. A secretária demonstrou isso com coragem e transparência.”
🛡️ Proerd agora é patrimônio imaterial de João Monlevade
Também durante a sessão, os vereadores aprovaram, em segundo turno e redação final, o Projeto de Lei nº 1.530/2025, de autoria do vereador Carlinhos Bicalho (PP), que reconhece o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) como patrimônio imaterial do município.
O parlamentar destacou a importância do Proerd na formação de crianças e jovens, e agradeceu à Polícia Militar pelo trabalho, com destaque para a Cabo Bruna, o Sargento Thiago e o Soldado Bruno, que acompanharam a votação.